Terminou por volta das 17h de quinta-feira (31) o julgamento de Adriano Roberto Vieira, acusado de participação no atentado contra a casa do juiz federal Luiz Carlos Canalli, no dia 19 de setembro de 2008. O júri aconteceu no Anfiteatro da Unipar e foi presidido pelo juiz federal Sandro Nunes.
Vieira foi condenado a quatro anos e dois meses de prisão.
Este foi o primeiro julgamento federal em Umuarama – em 24 anos de existência da Vara Criminal da Justiça Federal no município – e contou com um grande esquema de segurança. Várias viaturas da Polícia Federal e Militar cercaram o teatro. Para entrar era necessário passar por revista com detector de metais e não foram permitidas filmagens ou fotografias dentro do espaço do júri.
O primeiro a ser ouvido foi a própria vítima do atentado, juiz federal, agora desembargador do TRF4, Luiz Carlos Canalli. Ele contou detalhes do fato e explicou que na madrugada estava dormindo quando acordou com o barulho de tiros. Canalli disse que dormia com sua esposa e filha (com 4 anos na época) no quarto da frente. Os disparos foram efetuados no cômodo ao lado. O outro filho do casal, na época com 11 anos, dormia em outro quarto.
A esposa Keila Adriana da Silva Canalli também relatou os fatos. Ela se emocionou ao falar que ocultou o fato dos filhos para evitar traumas.
A testemunha seguinte foi Wagner Mesquita de Oliveira, delegado da Polícia Federal que conduziu as investigações – atual Secretário de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária. Oliveira relatou como procedeu com as investigações, que culminaram na prisão de Adriano Vieira.
Oliveira destacou que existe uma conexão clara com a investigação contra o ex-juiz federal Jail Benitez Azambuja – acusado de ser o mandante do atentado.
O processo foi desmembrado e o julgamento de Azambuja ainda não tem data marcada.
Colaboração O Bemdito
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